Argentino não resistiu ao cargo após a derrota para o Atlético

Após o vice do Campeonato Mineiro, o Cruzeiro demitiu, na tarde desta segunda-feira (8), o técnico argentino Nicolás Larcamón, de 39 anos.

“O Cruzeiro comunica que decidiu pela descontinuidade de Nicolás Larcamón no comando técnico da equipe. Além do treinador, deixam o clube os auxiliares técnicos Javier Berges e Damian Ayude, o analista de desempenho Miguelangel Leopardi e o preparador físico Juan Cruz Monaco. Agradecemos por todo o comprometimento no dia a dia do Cruzeiro e desejamos sucesso na sequência da trajetória dos profissionais”, escreveu.

Anunciado pelo Cruzeiro no fim de dezembro, Larcamón dirigiu a equipe em 14 jogos, com sete vitórias, quatro empates e três derrotas. Nesse período, o time celeste fez 21 gols e sofreu 13. O aproveitamento foi de 59,52%. O contrato do treinador havia sido assinado até dezembro de 2025.

Prestígio de Larcamón acabou com vice do Mineiro

Conforme antecipou a Itatiaia, uma reunião na tarde desta segunda-feira (8) sacramentou a saída de Nicolás Larcamón. A perda do título mineiro para o Atlético, nesse domingo (7), fez o técnico Nicolás Larcamón balançar e perder respaldo interno no Cruzeiro.

Larcamón foi chamado de burro pelo Mineirão lotado nesse domingo após ver o Cruzeiro perder o título estadual para o arquirrival. Na final, o time cruzeirense precisava do empate para erguer a taça após cinco anos, mas perdeu de virada por 3 a 1.

Algumas decisões do técnico Nicolás Larcamón estavam sendo contestadas nos bastidores do clube. A não utilização com mais frequência de atletas de atletas da base foi um dos fatores que culminou com a demissão.

O nome de Larcamón também não era unanimidade na própria diretoria do Cruzeiro. Antes mesmo da final contra o Atlético, alguns diretores já desejavam à saída do argentino. O diretor técnico Paulo Autuori, segundo apuração da Itatiaia, questionava decisões do treinador.

Incoerência em decisões incomodou líderes da SAF

Segundo apurou a reportagem, a demissão de Larcamón teve relação com decisões questionadas pela direção da SAF e pelo elenco, além da baixa utilização de jogadores formados nas categorias de base.

Decisões questionáveis acerca da escalação do time nos últimos jogos geraram desconforto na cúpula cruzeirense. Pelo mesmo motivo, Larcamón perdeu parte do grupo. Uma fonte informou que as justificativas do treinador convenciam o elenco.

No primeiro clássico da final do Mineiro, por exemplo, Larcamón optou por deixar Zé Ivaldo no banco de reservas. A decisão surpreendeu a direção, o grupo e, principalmente, a torcida.

Outra decisão que contrariou parte do grupo foi levar vários titulares para compor o banco de reservas na partida de quinta-feira (4), em Quito, contra a Universidad de Quito, pela abertura da Copa Sul-Americana. Alguns atletas entendiam que seria melhor ficar na Toca na preparação para o clássico.

No jogo internacional, por exemplo, Zé Ivaldo foi escalado como titular e acabou deixando a partida com uma contusão muscular. Por pouco, o zagueiro não reuniria condições de jogar o clássico.

Larcamón ainda foi muito criticado pela formação colocada em campo diante do Sousa, na Copa do Brasil, quando da eliminação do Cruzeiro na primeira fase diante do clube paraibano.

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