Treinador não resistiu aos maus resultados na temporada e ao vice da Copa do Brasil

Jorge Sampaoli não é mais o técnico do Flamengo. Após reunião que durou menos de 10 minutos em hotel no bairro carioca da Barra da Tijuca na noite desta quinta-feira, a diretoria rubro-negra demitiu o argentino. O desligamento foi oficializado quatro dias após o empate com o São Paulo que decretou a perda do título da Copa do Brasil.

Como o treinador tinha contrato até o fim de 2024, o clube terá que pagar mais uma multa rescisória, dessa vez de 1,8 milhão de euros (cerca de R$ 9,5 milhões na cotação atual). O valor da rescisão no início do contrato era de 2,5 milhões de euros (R$ 13,3 milhões), e ele diminui de acordo com cada dia trabalhado.

Pelo Flamengo, participaram da reunião desta quinta o vice de futebol Marcos Braz e o diretor-executivo Bruno Spindel. Já os representantes de Sampaoli foram o empresário Dani Monti e o coordenador Gabriel Andreata, que também deixa o clube.

– Quem estava na reunião tem uma relação muito boa. Foi um clima amigável e, já que não tinha muita coisa para resolver, foi uma reunião direta e rápida – disse Dani Monti.

Além de Sampaoli e Andreata, saem do Flamengo Cristian Roberto Aran (auxiliar), Diogo Meschine (auxiliar), Marcos Fernández (preparador físico e filho de Pablo Fernández), Nicolás Maidana (preparador físico) e Ezequiel Scher (analista). O treino da manhã desta sexta será comandado por Mário Jorge, técnico do sub-20.

Jorge Sampaoli assinou contrato com o Flamengo em 17 de abril deste ano, dirigiu a equipe em 39 jogos e usou 39 escalações diferentes. Foram 20 vitórias, 11 empates e oito derrotas. Tite é o favorito da diretoria rubro-negra para substituir o argentino, mas o ex-técnico da Seleção ainda não decidiu se voltará a trabalhar este ano.

Em pouco mais de cinco meses de trabalho, Jorge Sampaoli perdeu a final da Copa do Brasil, foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores e viu o Flamengo se distanciar muito da luta pelo eneacampeonato brasileiro. A equipe é a sétima colocada, 11 pontos atrás do líder Botafogo, e enfrenta o Bahia, sábado, no Maracanã.

A passagem de Sampaoli foi marcada pelo distanciamento entre ele e os jogadores, agravado pelo soco do então preparador físico Pablo Fernández em Pedro no vestiário do Independência após a vitória sobre o Atlético-MG, no dia 29 de julho. Em agosto, houve outro caso de agressão, quando Gerson e Varela trocaram socos em treino da equipe, no Ninho do Urubu.

Por Gabriela Moreira e Letícia Marques — Rio de Janeiro

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