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Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação da PF por suposta manipulação em jogo

Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação da PF por suposta manipulação em jogo

Ao todo, 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos no Rio, em Belo Horizonte e em outras cidades de Minas

Às vésperas da final da Copa do Brasil, o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Gaeco-MPDFT). Os órgãos investigam um suposto envolvimento do atleta na manipulação de jogos com o objetivo de ganhar apostas esportivas.

Ao todo, na manhã desta terça-feira (5), são cumpridos 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, em Vespasiano, em Lagoa Santa e em Ribeirão das Neves. A operação é chamada de Spot-Fixing, uma expressão inglesa que faz alusão à manipulação de uma situação específica de um jogo.

Os mandados são efetivados na casa de todos os investigados, incluindo a casa do atleta, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O Gaeco e a PF também realizam a operação na sede das empresas DR3 – CONSULTORIA ESPORTIVA LTDA e da BH27 OFICIAL LTDA, em Lagoa Santa, e no quarto de Bruno Henrique no Ninho do Urubu, CT do Flamengo.

De acordo com apuração da Itatiaia, além do atacante do Flamengo, também são alvos da operação: Wander Nunes Pinto Junior, irmão de Bruno Henrique; Ludymilla Araujo Lima, cunhada dele; Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador; o casal Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Rafaela Cristina; e Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Douglas Ribeiro Pina Barcelos e Max Evangelista Amorim, todos residentes da capital mineira.

Sobre a investigação

A PF teria provas de que Bruno Henrique foi expulso contra o Santos, em 1º de novembro de 2023, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro, de forma intencional. Aos 49 minutos do segundo tempo, no Mané Garrincha, em Brasília, o jogador recebeu um cartão amarelo por fazer uma falta dura em Soteldo. Logo depois, o camisa 27 recebeu o vermelho por ofender o árbitro Rafael Klein (Fifa-RS).

investigação aponta que familiares de Bruno Henrique estavam cientes dessa intenção do atleta e, por isso, fizeram apostas esportivas em relação aos cartões do próprio jogador antes do início da partida. Os citados criaram contas em casas de apostas virtual e realizaram palpites específicos sobre a punição do atacante do Rubro-Negro. O cenário foi igualmente identificado nas contas de outros seis investigados.

Segundo apuração da Itatiaia, as bets emitiram alerta de aposta atípica por contas recém criadas. A Polícia Federal está no caso por ser um crime de repercussão interestadual e que exige repressão uniforme, nos termos da Lei 10.446/2010.

Algumas bets reportaram apostas atípicas à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com destaque para as contas criadas poucos minutos antes do início da partida.

Itatiaia entrou em contato com o representante do jogador e aguarda um posicionamento sobre o assunto.

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