Polícia Civil do DF mira 11 pastores em cinco estados do Brasil que aplicam golpe e disseminam fake news na internet, além de instigar público contra ministro Moraes; ex-ministro não tem relação com o caso

Onze pastores são alvos da Polícia Civil do Distrito Federal nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (20). O grupo é investigado por usar o nome do ex-ministro da Economia Paulo Guedes para aplicar golpes milionários em fiéis das igrejas, bem como em lives na internet.

A polícia aponta o pastor goiano Osório José Lopes Júnior como líder do grupo.

Ele é acusado de aplicar um golpe milionário em fiéis com a venda de títulos que, segundo ele, são lastreados em ouro e apresentados por ele como Letra do Tesouro Mundial.

CNN apurou que ele é alvo de busca e apreensão em São Paulo.

A maioria dos 16 mandados expedidos pela Justiça do DF é em Brasília e na capital paulista.

Além de Lopes Junior e outros pastores ligados a ele, os investigadores cumprem mandados contra ex-candidatos a deputados federais e ex-candidatos a prefeitos.

A investigação apontou, durante os golpes, que os suspeitos disseminavam fake news para ludibriar as vítimas.

Um dos suspeitos alvo nesta quarta foi interceptado instigando o público dele a receber o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em um aeroporto. Possivelmente ele seria hostilizado, aponta a polícia.

O inquérito identificou a participação de 200 pessoas na organização criminosa. Os 11 “cabeças” são alvos nesta segunda fase da operação. Uma terceira etapa já é aguardada pelos investigadores, com base no material colhido e depoimentos.

A operação e da Delegacia de Combate ao Crime Organizado do DF. Paulo Guedes não é alvo.

O esquema

O pastor evangélico goiano Osório José Lopes Júnior, que é deficiente visual, afirma que os títulos oferecidos já contariam com autorização do governo federal, por meio do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para serem pagos.

Além no nome do ministério, Osório usa também logomarca de entidades financeiras, como Banco Mundial e o Banco do Brasil, em uma plataforma de investimento conduzida pelo grupo, para dar credibilidade ao negócio.

O golpe aplicado pelo pastor já dura pelo menos nove anos. Segundo a polícia, ele viaja pelo país com a ajuda de outras pessoas para captar novos investidores interessados em receber até 100 vezes o valor aportado assim que os títulos estiverem prontos para serem resgatados.

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